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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Porque fazer propaganda?


Olá pessoas, trago a vocês mais um trecho interessante de um dos melhores livros de publicidade de todos os tempo: The Advertising Concept Book, 2008. Seu autor, Pete Barry, foi professor por 6 anos de Design Publicitário e adquiriu muito conhecimento prático, útil para qualquer pessoa que aprecia ou trabalha com áreas criativas.Tivemos o prazer de traduzir todo esse livro épico e disponibilizamos a vocês um pequeno trecho que responde a pergunta do título do tópico:

Esta questão surge nas aulas em que ensino todos os anos (normalmente pelo E.C., ou “estudante cético”)
Você acha que a resposta básica é óbvia, certo? Que a publicidade é uma forma experimentada e testada para fazer com que um produto ou serviço seja percebido em um mundo altamente competitivo, etc. etc.
Mas então o E.C., invariavelmente, ironiza: "Sim, mas por que se preocupar em fazer algo criativo? Porque não simplesmente dizer que o produto é?"
"O quê?!" Estou chocado.
O aluno continua: "Porque não fazer só o que o nosso vendedor de carro local faz? Ele está o tempo todo no ar, uma propaganda diferente a cada semana. Todo mundo acha ele um chato, e ele ainda faz um milhão disso."
A esse ponto eu costumo dizer algo nesse sentido: "A única razão pela qual ele está fazendo tanto dinheiro é porque suas propagandas estão no ar o tempo todo. Ele está chateando as pessoas por submissão. Elas sofrem lavagem cerebral. Elas até esquecem se gostam ou não da propaganda. Além disso, é uma propaganda regional, então a mídia é relativamente barata, e ele não vai ter tanta concorrência como uma marca nacional. Mas o mais importante é que, eu garanto que ele seria ainda mais rico no longo prazo se ele fizesse uma ótima propaganda, ao invés de centena de horríveis.”
Eu continuo o meu ponto: “É como gêmeos idênticos do sexo masculino conversando com uma mulher em um bar. O primeiro se comunica com uma seqüência de cantadas ruins. Ela não pode fugir. O segundo gêmeo idêntico entra em cena. Ela quer morrer. Gêmeo # 2 vai até ela, mas ao contrário do outro, sussurra uma frase simples, natural e original em seu ouvido. Ela é imediatamente desarmada. Então eles se casam e têm um monte de crianças. Gêmeo # 1? Ele, provavelmente, ainda está no bar.” Isso normalmente convence o E.C. ou pelo menos o desarma.
Além disso, tais equívocos não são apenas comuns entre os estudantes de publicidade de primeira-viagem. Homens de negócio podem ter a mesma idéia. Uma vez eu estava em reunião em uma empresa de arquitetura e as propagandas da Gap surgiram na conversa. Sabendo que eu trabalhava em publicidade, um arquiteto um pouco convencido me disse: "A Gap está perdendo dinheiro. Eles estão indo para o ralo. Suas famosas propagandas não estão funcionando."
Então eu olhei para ele, e disse educadamente, "Como você sabe que é por causa das propagandas, e não de outro problema dentro da empresa? Como sua marca, suas lojas, ou mesmo os seus produtos? Talvez a sua propaganda seja a única coisa que está evitando que eles percam muito mais dinheiro. "
Depois desse ponto ele ficou bem quieto.
 
Interessante, não?
Segue o link do livro no amazon.com (que foi onde adquiri o meu), para quem se interessar:
http://www.amazon.com/Advertising-Concept-Book-Pete-Barry/dp/0500287384/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1320711188&sr=8-1

Obs: Sério, se você é estudante de publicidade, você é obrigado a comprar.

Sucesso,
João Henrique.

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